Como o neoliberalismo destrói a democracia

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 [artigo de Christian Laval publicado em Viento Sur , em 8/4/2024. Tradução: Haroldo Gomes] A observação é clara. As democracias liberais e parlamentares, ligadas aos chamados Estados de Direito, são confrontadas externamente por regimes que abominam essa forma política, enquanto internamente são sabotadas por uma grande fração de forças de direita ou de extrema direita. Os recentes sucessos eleitorais das formações mais nacionalistas e xenófobas na Itália, Holanda e Alemanha atestam isso. Não se trata aqui de aprovar o desempenho das democracias parlamentares que estão historicamente ligadas ao colonialismo e que deram uma roupagem liberal à exploração capitalista da força de trabalho. Em vez disso, trata-se de mostrar como o neoliberalismo, como um modo geral de organização econômica e social em todos os níveis da vida, funcionou e continua a funcionar como uma máquina formidável para a destruição da democracia liberal. Foi isso que levou alguns autores, como Wendy Brown, a falar de

A Imagem-Tempo, de Gilles Deleuze

"A Imagem-Tempo" é um livro escrito pelo filósofo francês Gilles Deleuze, publicado em 1985. Nessa obra, Deleuze expande seus pensamentos sobre a filosofia do cinema, explorando a relação entre o tempo e a imagem cinematográfica.

Deleuze propõe uma abordagem original e inovadora ao analisar o cinema como uma forma de arte autônoma, com características únicas que o distinguem de outras artes visuais, como a pintura e a fotografia. Ele introduz o conceito de "imagem-tempo" para descrever a natureza específica das imagens em movimento.

Segundo Deleuze, a imagem-tempo representa uma transformação significativa em relação à imagem-movimento, que domina o cinema clássico. Enquanto a imagem-movimento está baseada na percepção e na representação do movimento físico no espaço, a imagem-tempo se concentra em uma dimensão temporal, explorando a duração, a memória e a virtualidade.

Para Deleuze, a imagem-tempo rompe com a ideia de causalidade linear e traz à tona a multiplicidade de tempos e possibilidades. O cinema, assim, se torna uma forma de expressão que capta a complexidade da experiência humana e a fluidez do tempo subjetivo.

Ao longo do livro, Deleuze discute diversos cineastas e obras cinematográficas que exemplificam a imagem-tempo, como o cineasta francês Alain Resnais e seu filme "Hiroshima, Meu Amor". Ele também explora conceitos relacionados, como o "plano de imanência" e "cristal de tempo", ampliando a compreensão da experiência cinematográfica.

"A Imagem-Tempo" é uma obra densa e desafiadora, que requer familiaridade com a filosofia de Deleuze e um conhecimento prévio do cinema. No entanto, ela oferece uma perspectiva instigante sobre a arte cinematográfica e sua relação com o tempo, fundamental para o pensamento contemporâneo sobre o cinema e a filosofia da imagem.

LIVRO: A Imagem-Tempo
AUTOR: Gilles Deleuz
EDITORA: Brasiliense
CONDIÇÃO: Livro Novo
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