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Pensar: uma necessidade contemporânea

Artigo de Amador Fernández-Savater , publicado no blog Interferências , no periódico El Diário (Espanha) , em 21/09/2018 . Tradução: Vapor ao Vento.   A catástrofe da sociedade contemporânea é produzir um tipo de relação com o mundo: a posição de espectador e de vítima. Não se trata de oferecer novos conteúdos mas de sair dela. Em A Sociedade do Espetáculo , um livro que desde seu aparecimento em 1967 se converteu num clássico (ou seja, um livro sempre contemporâneo ), o pensador francês Guy Debord afirma que a verdadeira catástrofe da sociedade moderna não é um acontecimento por vir, nem sequer um processo em marcha (mudança climática etc), mas um tipo de relação com o mundo : a posição de espectador, a subjetividade espectadora. Em que sentido? O espectador não entra em contato com o mundo, ele o vê frente a si. De um “mirante” (o espetáculo) que concentra o olhar: centraliza e virtualiza, separa da diversidade de situações concretas que compõem a vida. O espe