“Vivemos submetidos a uma cruel tirania do gozo permanente”
Entrevista feita por Amador Fernández-Savater / María García Pérez / Oche Zamora com Fernando Martín Adúriz , psicoanalista, autor de La ansiedade que no cesa (Xoroi, Barcelona, 2018) e Por qué se escribe. Cinquenta escritores (M.Gómez, Málaga, 2022), publicada no portal ctxt.es , em 7/6/2022. Tradução: Haroldo Gomes. O ponto de partida da teoria crítica, diziam os situacionistas, é a insatisfação. Nessa época, os anos sessenta, tratava-se do mal estar de uma vida submetida à repressão: na casa, na escola, na fábrica, no quartel. Sociedade disciplinar. E hoje? O mal da época, sem sombra de dúvida, são as crises de ansiedade e as crises de pânico. De que nos falam? O que nos dizem do mundo que habitamos? O mal estar social, intensificado na época da pandemia, recentemente ultrapassou os umbrais do mainstream . Fala-se sobre eles no Parlamento e na televisão, figuras conhecidas aparecem perante o grande público mostrando o lado b do êxito: depressão, exaustão, ansiolíticos. No entan