MONSTRUOSO

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  Imagem :  Syaibatul Hamdi  [Texto de Franco "Bifo" Berardi , publicado em Il DISERTORE , em 26/05/2025. Tradução: Haroldo Gomes] Que palavra pode definir a arrogância da desumanidade que está se espalhando? Mas não posso. Disse Bertolt Brecht: EM MINHA LUTA ENTUSIASMO PELA MACIEIRA EM FLOR E HORROR AOS DISCURSOS DO PINTOR MAS APENAS O SEGUNDO ME EMPURRA PARA A MESA DE TRABALHO O horror que sinto pelos discursos de Netanyahu e pelas provocações covardes dos colonos israelenses é forte demais para que eu consiga me preocupar com qualquer outra coisa. Hoje não posso deixar de mencionar Yussuf al-Samary: "Yussuf al-Samary é um garoto de 15 anos, originário da cidade de Gaza, mas que vive com sua família deslocada no campo de al-Mawassi, na praia de Khan Younis. É seu último local de evacuação. Agora, toda a família vive em uma barraca feita de ripas de madeira e plástico transparente. Eles estavam anteriormente em uma escola em Hay Tuffah. Yussuf tentou comprar um sanduích...

Foucault, governamentalidade e crítica, do Thomas Lemke



O filósofo francês Michel Foucault é um dos autores mais citados nas ciências sociais e humanidades, muito conhecido por seus estudos acerca da prisão e da sexualidade. Seu diagnóstico da sociedade disciplinar e punitiva apresentado em Vigiar e punir (1975) influenciou um sem-número de pesquisas no direito, na penalidade e na teoria política. História da sexualidade (1976) mostrou que o poder é produtor de corpos dóceis e úteis para o trabalho e que a sexualidade não é reprimida, mas reapropriada produtivamente. Este livro influenciou campos como os estudos de gênero, a psicanálise, a teoria queer, a educação e os estudos pós-coloniais.
Nos anos seguintes, Foucault abriu o fertilíssimo campo de estudos da governamentalidade, que esclarece as relações entre disciplina, biopoder e neoliberalismo. Em 1979, ele fez um diagnóstico preciso do neoliberalismo: a forma-empresa como modo de vida, a redução da esfera individual ao “capital humano” e o governo pela disseminação do medo e da (in)segurança.
O tema da governamentalidade permitiu a Foucault matizar o diagnóstico de que vivemos em uma sociedade de controle. Mas será possível negar esse fato, sobretudo após as admiráveis e orwellianas medidas de controle surgidas após o 11 de Setembro? Para Foucault não se trata de negá-lo, mas de explicitar as relações problemáticas entre disciplina, segurança, controle estatal e a “liberdade” dos cidadãos nas sociedades ditas democráticas.
Neste livro, Thomas Lemke reconstrói a emergência da noção de governamentalidade na analítica do poder de Foucault e mostra a difusão dos estudos de governamentalidade num grande número de áreas de pesquisa. O livro explora a força teórica e a perspectiva crítica que o conceito oferece, tendo em vista os desafios políticos e sociais contemporâneos, incluindo aqueles colocados pelas tecnologias genéticas e reprodutivas. Indo além do que Foucault elaborou, Thomas Lemke esclarece as más interpretações e ambivalências às quais os estudos de governamentalidade deram origem.
Valor: R$ 45,00 (entrega em 24h para o Grande Natal) - LIVRO NOVO.

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