MONSTRUOSO

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  Imagem :  Syaibatul Hamdi  [Texto de Franco "Bifo" Berardi , publicado em Il DISERTORE , em 26/05/2025. Tradução: Haroldo Gomes] Que palavra pode definir a arrogância da desumanidade que está se espalhando? Mas não posso. Disse Bertolt Brecht: EM MINHA LUTA ENTUSIASMO PELA MACIEIRA EM FLOR E HORROR AOS DISCURSOS DO PINTOR MAS APENAS O SEGUNDO ME EMPURRA PARA A MESA DE TRABALHO O horror que sinto pelos discursos de Netanyahu e pelas provocações covardes dos colonos israelenses é forte demais para que eu consiga me preocupar com qualquer outra coisa. Hoje não posso deixar de mencionar Yussuf al-Samary: "Yussuf al-Samary é um garoto de 15 anos, originário da cidade de Gaza, mas que vive com sua família deslocada no campo de al-Mawassi, na praia de Khan Younis. É seu último local de evacuação. Agora, toda a família vive em uma barraca feita de ripas de madeira e plástico transparente. Eles estavam anteriormente em uma escola em Hay Tuffah. Yussuf tentou comprar um sanduích...

Verás que um Bico teu não foge à luta


 HAROLDO GOMES
A notícia da nomeação de Rodrigo Bico (na foto de Lenilton Lima) para a presidência da Fundação José Augusto (FJA) é animadora. Bico é um ativista da cultura, um lutador, um artista que não se envergonha de fazer política, faz com alegria. Tem a credibilidade de muitos dos segmentos culturais do Estado e fez parte de um grupo de jovens militantes que deram feições alegres e vitalizantes a campanha do governador eleito, Robinson Faria. Com a mesma força com que atua no palco, Bico atuou nas Eleições 2014, na linha de frente do cordão criativo. De megafone (ou bico) solto. Chega a Fundação com méritos de sobra.

Todos sabemos que os desafios são muitos. A começar pela dificuldade financeira que o Estado atravessa, sem contar com o histórico fim de fila da Cultura como prioridade governamental, o que exige poder de negociação. Tem ainda toda a engrenagem da Fundação que é uma instituição com décadas de funcionamento, com hábitos arraigados (um jeito histórico de funcionar), que muitas vezes conflituam com o estilo que vem dos movimentos culturais. Um desafio importante, já no início, é conhecer bem esta engrenagem, lutar para adaptá-la às novas práticas no âmbito da Cultura, que exigem estruturas leves, ágeis, funcionais.

Tudo isso exige compreensão, paciência e colaboração dos segmentos culturais e apoio de quem tem peso político para tal. O acompanhamento do Partido dos Trabalhadores (com destaque para o Setorial de Cultura) e a intervenção parceira dos mandatos da Senadora Fátima Bezerra e do Deputado Estadual Fernando Mineiro, são essenciais. De minha parte, companheiro Bico, estou aqui. É pouco o que tenho a lhe oferecer, mas pode contar com a minha humilde colaboração mesmo de fora da estrutura. Grandes desafios exigem coragem e isso não lhe falta. Estamos juntos.

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