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Mostrando postagens de abril, 2018

MONSTRUOSO

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  Imagem :  Syaibatul Hamdi  [Texto de Franco "Bifo" Berardi , publicado em Il DISERTORE , em 26/05/2025. Tradução: Haroldo Gomes] Que palavra pode definir a arrogância da desumanidade que está se espalhando? Mas não posso. Disse Bertolt Brecht: EM MINHA LUTA ENTUSIASMO PELA MACIEIRA EM FLOR E HORROR AOS DISCURSOS DO PINTOR MAS APENAS O SEGUNDO ME EMPURRA PARA A MESA DE TRABALHO O horror que sinto pelos discursos de Netanyahu e pelas provocações covardes dos colonos israelenses é forte demais para que eu consiga me preocupar com qualquer outra coisa. Hoje não posso deixar de mencionar Yussuf al-Samary: "Yussuf al-Samary é um garoto de 15 anos, originário da cidade de Gaza, mas que vive com sua família deslocada no campo de al-Mawassi, na praia de Khan Younis. É seu último local de evacuação. Agora, toda a família vive em uma barraca feita de ripas de madeira e plástico transparente. Eles estavam anteriormente em uma escola em Hay Tuffah. Yussuf tentou comprar um sanduích...

Fragmentos de Alexander Lowen: a loucura é a perda de contato com o corpo

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Extratos de uma antiga entrevista com Alexander Lowen (1910-2008), criador da Bioenergética, no site Televisión Consciente. (Tradução: Vapor ao Vento). VOCÊ É O SEU CORPO Eu só posso dizer que, nesses 46 anos trabalhando com a questão corpo/mente, e penso que estou começando a entender algo sobre isso. A convicção que tenho, evidentemente, é que você és seu corpo. E sua cabeça não o controla... pelo menos de modo positivo. Pode controla-lo, em alguns aspectos, de um modo negativo. E meu trabalho tem sido estar mais em meu corpo para não estar dividido entre corpo e mente. Isso preserva e preenche minha vida de muitas maneiras. Finalmente, chego a um ponto em que creio entender como isso funciona, mas não é fácil. UMA FAMILIA DIVIDIDA Me dei conta ao trabalhar com a abordagem corpo-mente de que provenho de uma família que estava dividida. Meu e minha mãe não se entendiam muito bem. Discutiram toda a vida que conheci deles. E eram duas personalidades diferentes. Minha mãe...

Barcelona já não gera convivência

Entrevista do sitio La Vanguardia com Marina Garcés sobre o seu novo livro, Ciudad Princesa (Galaxia Gutenberg, em catalão e castelhano) no qual fala sobre Barcelona, a amizade, vida e política, Europa, entre outros, publicada em 09.04.2018. (A tradução é do grupo “Vapor ao Vento”) Marina Garcés estudou filosofia em Barcelona, cidade na qual sempre viveu. Atualmente é professora titular de filosofia na Universidade de Zaragoza. Seu trabalho se divide entre a docência, a escritura, os filhos e a dedicação ao pensamento prático, crítico e coletivo que impulsiona há anos, junto com outros companheiros seus, em Espai en Blanc . Qual foi a faísca do livro? Responde a uma inquietude e a uma desorientação nos anos imediatamente posteriores ao 15-M, com a volta que implica um cenário das crises, a nova política, o processo... Decidi fazer um trabalho de escritura silencioso que me permitisse encontrar caminhos, fios que estavam se apagando muito rápido, uma experiência acumulada q...