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Os Justos. Ética da Inteligência Coletiva.

Texto do Pierre Lèvy para o primeiro momento de encontro e partilha do Vapor ao Vento.  Só clicar em cima do texto que ele oferece a opção de leitura na tela do computador ou impressão. Boa leitura! -

O comum

Um conceito novo, que nos obriga a pensar as relações na sociedade é o de Comum. Talvez seja o caso de começarmos por ele. Segue texto de Judith Revel. “O termo “comum” adquiriu depois de algum tempo uma grande importância, um pouco como, há alguns anos, o termo “biopolítica”. Contudo, acho que não é demais repetir que esta noção desmonta, desconstrói e torna impraticável todo o arcabouço conceitual que tem servido de sustentação ao pensamento político moderno desde o século XVII . O pensamento do comum não pode mais funcionar a partir dos pares dialéticos público/privado ou individual/coletivo. No primeiro caso, o comum denuncia o fato de que se o “privado” é uma apropriação individual, o “público” historicamente representa a apropriação pelo Estado, ou seja, a usurpação que consiste em fazer acreditar que aquilo que não pertence a ninguém (e de fato pertence ao Estado), na realidade pertence a todo mundo. No segundo caso, desafia a oposição entre diferença vista como partic

Igualdade e inteligência são termos sinônimos

Primeira partilha de Vapor ao Vento . Um texto de Jacques Rancière, filósofo francês contemporâneo. Quem quiser comentar, fique a vontade. Esse texto lhe diz algo? “A virtude primeira de nossa inteligência é a virtude poética. A impossibilidade de dizer a verdade apesar de senti-la nos faz falar como poetas, narrar as aventuras de nosso espírito e comprovar que são entendidas por outros aventureiros [...]. No ato da palavra, o homem não transmite seu conhecimento, mas poetiza, traduz e convida os outros a fazer o mesmo. Comunica como artesão: manipulando as palavras como ferramentas [...]. A inteligência é a potência de se fazer compreender que passa pela verificação do outro. E somente o igual compreende o igual. Igualdade e inteligência são termos sinônimos [para se comunicar com outros tem que se crer no princípio da igualdade de todas as inteligências]”. Jacques Rancière, em O mestre ignorante.